Foucault normalização
Existe de fato o normal e o anormal? O conceito de normalidade é relativo, pois o que é normal em algum lugar não é necessariamente normal em outro. Quando falamos de comportamento humano esse conceito se torna muito amplo, pois varia de acordo com a religião, cultura e valores. Por exemplo, no Japão é considerado normal comer escorpião, já no Brasil essa prática é considera anormal. Existe então a normalização que é a ação de tornar algo normal, legal, regularizado ou a maneira de organizar atividades pela criação e organização de regras e normas. Foucault denomina "disciplina" os mecanismos de normalização que fixam os corpos dos indivíduos localizados no interior de algum espaço institucional, como hospitais, manicômios, asilos e a prisão. A normalização disciplinar controla o indivíduo e suas atividades estabelecendo tempo e sequência para serem realizadas em função de algum objetivo e para o controle e adestramento do sujeito. Como resultado desses procedimentos, é possível uma separação entre o comportamento de indivíduos “normais” e indivíduos “anormais”. A referência para essa distinção é construída em função dos resultados pretendidos pela própria estratégia disciplinar.
Ser "normal" para Foucault não está relacionado a um sentido exclusivamente jurídico. Ele acredita que além do poder, a normalização define o modo de constituição de um indivíduo moderno. Ela se configura como um princípio de exclusão ou integração às práticas dos indivíduos. Há então duas formas a serem separadas: a forma de "norma de saber" que seriam os critérios de verdade que pode ser restritivo e a forma de "norma de poder" que seriam a poder de ação dado a um indivíduo de acordo com as leis externas ou leis internas.
No entanto nos dias atuais existem duas formas de se definir a normalidade: usando como critério a maioria ou utilizar o próprio indivíduo como critério. Porém ao compararmos um indivíduo com a maioria para definir o que é ser normal podemos