Formação econômica ciclos econômicos
Estudo II – Ciclos econômicos – Açúcar e Ouro
O Ciclo do Açúcar no Brasil
Caso os portugueses não houvessem implantado, com sucesso, o sistema de plantation de açúcar no Brasil, dificilmente teriam sido capazes de manter a posse de tão grande colônia por muito tempo, pois era um país pequeno, com pouca população e fraco militarmente. A Holanda o ameaçava comercialmente e a Espanha militarmente. Além disso, as terras do Novo Mundo eram muito cobiçadas, não menos porque no Velho Mundo circulavam mitos de que nelas haveria muito ouro (mito do Eldorado) ou a fonte da vida eterna, de que seria o paraíso na Terra, entre outros exageros, mas que eram considerados seriamente pelos europeus de todas as classes sociais na época. Some-se a isso as descobertas abundantes de ouro feitas pela Espanha.
Os portugueses, após desembarcarem pela primeira vez no Brasil, rumaram para o interior em busca de metais preciosos, que não encontraram. Passaram, então, a comercializar o pau-brasil, do qual se retirava tintura utilizada na manufatura têxtil, e que, portanto contava com excelente demanda. Mas logo Portugal percebeu a possibilidade de implantar no Brasil a produção em larga escala de açúcar, produto que alcançava preços tão altos que seu comércio seria rentável a ponto de cobrir, com lucros, os elevadíssimos custos de se produzir em terras tão distantes, despovoadas, e com a tecnologia da época.
O Açúcar
O início da história comercial da cana-de-açúcar data do século II a.C., quando era conhecida na Ásia. De lá foi levada à Pérsia, e chegou ao Egito ao redor do século VII. A partir daí, os Árabes se encarregaram de disseminá-la pelo Norte da África, Espanha e Sicília, tendo chegado também no Império Bizantino e no Oriente Médio. Com as Cruzadas, o açúcar chega à Europa ocidental, que de início o consumia pouco, preferindo o mel de abelhas como adoçante. Até o século XV, o açúcar era considerado bem de luxo, produzido em