Trovadorismo

Deslocamento do eixo articulador para o Sudeste e transição industrial
O declínio da economia açucareira originou diversas problemáticas para a sustentação do Brasil como colônia Portuguesa, não era somente a colônia que enfrentava dificuldades financeiras, a metrópole também se encontrava prostrada frente aos imperes econômicos. A busca por metais preciosos foi à saída mais certeira que os portugueses encontraram para sustentar o poder e alavancar a economia da colônia-metrópole.
O ciclo do ouro no Brasil trouxe um fluxo migratório europeu para terras mineiras e também modificou toda a logica de exploração ocorrida durante o ciclo da cana no Nordeste. Os arranjos sociais se transformaram se anteriormente a maioria da população era escrava e sem poder de decisão, no ciclo de ouro encontramos trabalhadores livres com possibilidades de participação na vida social e também encontramos escravos comum papel bem menos limitado do que visto da economia açucareira.
Portanto o deslocamento do centro econômico (Nordeste-Sudeste) repercutiu de variadas formas:
Econômica: Houve uma maior diversificação de atividades econômicas com a origem do comercio de gado (carne e exportação de couro) e de mulas (transporte). Surgimento de alguns centros de trocas para abastecimento (significativa venda de bens de consumo).
Social: Maior imigração portuguesa, maiores proporções de trabalhadores livres (transição para o trabalho assalariado) e participação social maior do que do ciclo do açúcar.
Territorial: Deslocamento do eixo Nordeste-Metrópole para o eixo Sudeste-Metrópole, expansão territorial, formação de vias acesso (transporte) e fundação de cidades.
Celso Furtado em sua analise visa explorar os aspectos que condicionaram a formação do Brasil de hoje e a ascendência do trabalho assalariado. O ciclo do ouro foi de fundamental importância para o Brasil, pois é a partir dele que as instituições começam a se formar e os arranjos sociais começar a delinear as interações que se