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7624 palavras 31 páginas
A TEORIA ECONÔMICA DE CELSO FURTADO: FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL

Mauricio C. Coutinho*

Introdução
Por qualquer critério, Celso Furtado (1920-2004) deve ser considerado o mais influente e renomado economista brasileiro de sua geração. Suas atividades diversificadas incluem uma experiência no front italiano durante a Segunda Guerra, a parceria com o famoso economista argentino Raul Prebisch nos estágios iniciais da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL-ONU), importantes atribuições no governo brasileiro no período anterior à ditadura militar e, após o exílio, uma larga carreira acadêmica em universidades européias e norte-americanas de renome.1 Embora na Europa e nos Estados Unidos o nome de Furtado esteja bastante associado às primeiras versões da “teoria da dependência”,2 ou ao estabelecimento de uma “teoria do subdesenvolvimento”,3 no Brazil seu legado inclui a elevada estatura moral, uma atividade prolífica como escritor e polemista e, entre os economistas, sua contribuição decisiva à difusão do pensamento econômico no país. Com relação a este último ponto, vale notar que um número expressivo de estudantes brasileiros decidiu-se pelos cursos de Economia nos anos 1960 e 1970 como um resultado direto da leitura dos livros de Furtado. Formação Econômica do Brasil, um ensaio de interpretação da história econômica brasileira publicado em 1959, logo tornou-se uma espécie de leitura essencial, um item obrigatório na estante de todo cientista social, bem como o principal livro-texto na maior parte dos programas de História Econômica do Brasil. Formação Econômica tem o mérito adicional de haver proporcionado a muitos estudantes a primeira exposição a conceitos de economia. Este livro cumpriu na verdade dois papéis distintos. Em primeiro lugar, ao tornarse um trabalho de referência em história econômica brasileira, estimulou as pesquisas na área. Desde sua edição, um grande número de projetos de pesquisa em história econômica tem sido dedicado à

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