Livre arbítrio - santo agostinho
Arthur Denarde Santos
Cleydson Dirceu Brumatti
Diego Costa de Avelar
Ruberval Loureiro Nascimento
Wanderson Martins Alves
Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar o conceito de liberdade em Santo Agostinho, contrastando-o com a linha de pensamento contemporâneo do existencialismo. Para Agostinho, a verdadeira liberdade é aceitar a graça de Deus. A capacidade de escolha, o livre-arbítrio, ainda não é liberdade. A liberdade se dá unicamente quando a vontade se volta para o bem. O livre-arbítrio nos dá a possibilidade de seguir ou não a vontade de Deus, porém, só será livre realmente aquele que, com a ajuda divina, optar por fazer a vontade de Deus. Já no existencialismo, a liberdade é fruto das escolhas de cada indivíduo. O homem é o único responsável por suas escolhas. É ele que se faz em sua própria existência, não estando dependente de algo externo a ele, transcendente (Deus), não havendo determinismo na sua existência.
Palavras-chave: Liberdade; Livre-arbítrio; Existencialismo. 1 INTRODUÇÃO
Agostinho certamente foi o primeiro Filósofo a conceituar a liberdade humana, desde então a liberdade é tema que perpassa todo discurso filosófico de caráter antropológico. Agostinho, de modo óbvio, visa declaradamente responder uma questão existencial para a doutrina cristã, a origem do mal. Entretanto, buscando tal resposta, lançou as bases de uma filosofia que poderíamos aqui denominar de Filosofia da ação.
O homem é chamado à responsabilidade de seus atos, a compreender sua responsabilidade nas escolhas que faz. O ser humano deixa a partir deste momento de ser indivíduo tutelado para ser sujeito de sua ação e consequentemente responsável pelas implicações que advenham de seus atos, emancipando-se, e renunciando a supervisão do sobrenatural, embora tal renúncia só se efetive na filosofia contemporânea existencialista, especialmente no pensamento sartreneano.
O conceito existencialista de