formação de leitores no Brasil
A FORMAÇÃO DO LEITOR NO BRASIL: O NOVO / VELHO DESAFIO
O autor desse texto é formado em língua e literatura inglesa pela PUCSP, Doutor em Psicologia da Educação e professor adjunto pela UNICAMP, foi fundador da associação de leitura do Brasil / ALB e Secretário Municipal de educação de Campinas, membro do Comitê Estratégico do Leia Brasil – Programa de Leitura da Petrobras.
Nesse texto Ezequiel Silva dentre outras coisas afirma que:
Não há como negar que a escola, enquanto instituição encarregada pela formação educacional das novas gerações, exerce um papel de máxima importância no processo de preparação de leitores. (p.48)
Sabe-se por exemplo, que a biblioteca escolar é uma estrutura imprescindível para a produção da leitura e formação do leitor; entretanto, a sua viabilização concreta sempre fica para depois fazendo com que o “provisório” ou pior, o “inexistente” seja reproduzido ao longo dos anos. (p.49)
No que se refere ao condutor do processo de ensino, o professor, fala-se em baixa quantidade de leitura. E questiona se poderia ser de outra maneira. (p.49)
A corrosão da dignidade desse profissional, revelada principalmente por salários vergonhosos, vem acontecendo no país desde o início da década de 70. (p.49)
Desta forma, ou seja, imerso num oceano de condições de condições adversas, o professor – esse espectro do “espelho quebrado” – raramente pode dar o seu testemunho de leitura aos múltiplos grupos de alunos que tem pela frente. Daí a improvisação, a fragmentação, a rarefação do ensino de leitura na escola, o que engendra prática de leitura em moldes mecanicistas e, no mais das vezes, sem nenhum significação para os estudantes. (p.49)
Se só livros didáticos (por si só) resolvessem as complexas relações do ensinamento-aprendizagem, o Brasil teria, sem dúvida, o melhor sistema educacional do mundo. (p.50) A leitura vai mal porque a escola está indo muito mal... e a sociedade está pior ainda: desemprego, dependência,