Formação da relação médico paciente - desenvolvimento pessoal e profissional
Primeira Visita (17/05/12, quinta-feira às 11:00 h)
Recebi do meu monitor Luiz o primeiro nome do paciente (D.R.) e o número do seu quarto (SI Sul -8º andar). Apenas isso. Fui para a primeira visita ansiosa e curiosa sobre como seria o meu paciente. Seria um jovem ou um velho? Para estar no semi-intensivo do 8º andar pensei que fosse um idoso com sérios problemas infecciosos. Pensei que talvez não gostasse muito de conversar e eu teria dificuldade para conduzir a entrevista. Pensei muitas coisas enquanto caminhava para o último quarto do corredor. Quando cheguei e perguntei quem era o sr. D.R. me surpreendi: era um jovem, com uma camisa do Sport, estado geral bom e bastante educado. Eu me apresentei, perguntei se podíamos conversar um pouco e ele se mostrou entusiasmado com a proposta, mas naquele momento específico não pudemos conversar muito, pois ele estava de saída para realizar “mais um exame”. Fiquei tempo suficiente para saber que a simpática mulher que o acompanhava era sua mãe Ina e que ele dificilmente receberia alta naquela semana. Prometi que voltaria em seguida e me despedi.
Segunda visita (18/05/12,sexta-feira às 9:30 h)
Nesta segunda visita encontrei D.R. mais uma vez com sua mãe e com uma jovem que aparentava ser um pouco mais velha que ele. Descobri que era sua irmã Sílvia. Ela trabalha no setor de administração do CCSA, no Campus da UFPE, e resolveu passar para ver o irmão internado. Mais uma vez meu paciente não pode conversar muito, pois faria uma laringoscopia logo mais. Preferi deixá-lo preparando-se para o exame com sua família e fiquei de voltar depois.
Terceira visita (22/05/12, terça-feira às 11:00 h) Na terceira tentativa de conhecer melhor meu paciente, tive sorte. Ele estava sozinho assistindo televisão e não faria mais exames naquele dia. Ele pediu que eu me sentasse perto dele e disse que, se eu não me incomodasse, ele permaneceria deitado, pois estava com dores no corpo todo. Comecei