Resumo: Identidade Médica
Capítulo 1: Ser Médico – Implicações Históricas e Antropológicas
Por Adolpho Hoirisch
Antiguidade: Código de Hamurábi. Os médicos poderiam ter suas mãos amputadas.
Idade Média: justiça ordálica. Obrigava-se o sujeito a algum teste. Se fosse inocente, estaria protegido do dano físico. Exemplos de provas: ingestão de veneno, caminhar descalço sobre brasas, mergulhar as mãos em água fervente.
1700: doenças infectocontagiosas.
Magia e religião eram as bases do que se entendia por práticas médicas na antiguidade. Alguns procedimentos eram realizados, como a trepanação, pelos incas.
Medicina intuitiva: a preservação da espécie estimulou a primeira pratica medica conhecida, que foi a atenção à mulher grávida e à parturiente.
Ciência embrionária: modelo mágico-religioso, curandeirismo e charlatanismo. Ainda hoje quando as pessoas não encontram respostas na ciência autêntica, recorrem a algum desses mecanismos.
Magia e religião: o feiticeiro tribal costumava ter um poder maior que o chefe na sociedade primitiva (analogia com o clínico geral). Servia de intermédio entre os demais e as entidades divinas, sendo reafirmada a concepção de doença como consequência de pecado ou desobediência que devem ser castigados. A não cura do feiticeiro e morre é resultado de decisão divina. O xamã, além do feiticeiro-médico, tinha por funções espantar espíritos do mal (através de excrementos, urina, sangue menstrual etc); abraçava o enfermo fortemente para deslocar o que tivesse de ruim para si, depois ia a um campo santo jogar o mal no solo (psquiatra: tratar os pacientes sem ficar louco).
Curandeirismo: cura de sintomas baseada em ervas, raízes, folhas de árvores etc e, opcionalmente, orações. A partir dessa prática conheceu-se a reserpina, a quinina, a efedrina, o ópio, a cocaína, a ipeca etc. A medicina indígena é uma área que abrange esse aspecto do curandeirismo. Hoje, o balconista de farmácia teria a função de curandeiro, uma vez que não