A igreja católica e o serviço social
Jozimara da Silva Dassie
Os operários no século XIX viviam em grau de extrema miséria e exploração, devido à industrialização e o desenvolvimento do capitalismo. Dá-se uma grande dimensão a questão social, neste momento. Devido a toda essa situação, a Igreja Católica Romana se posicionou, visto que a crise da época levaria a decadência da moral e dos costumes cristãos, pela falta de princípios éticos na sociedade.
No final do século XIX, a Igreja começa a intervir de forma mais clara. De início, em 1891, o Papa Leão XIII promulga a Encíclica Rerum Novarum, que chama a atenção da Igreja católica sobre a situação operária mostra sua tarefa e contribuição.
O Papa Leão XIII, em sua encíclica, aponta como causador de toda questão social, o liberalismo e o socialismo e convoca à intervenção o Estado, para que apresente soluções ao problema operário. Afirma em documento que o Estado pode ser útil em melhorar a classe dos operários, pois tem como obrigação servir o interesse comum e que também exista a concordância das classes e não a luta entre elas, contrapondo assim o socialismo.
Diante das desigualdades sociais a Igreja na época estabelece como princípio que o homem deve aceitar com paciência a sua condição, não há como existir numa sociedade civil igualdade dos povos. Afirma ainda que o erro do capital é crer que as duas classes são inimigas, como se a natureza tivesse definido os ricos e os pobres para se combaterem.
A Igreja dentro de sua ação pede para que os operários católicos se associem afim de que seja feita a restauração dos costumes cristãos.
Após quarenta anos da Rerum Novarum, Pio XI promulga uma Encíclica que clama pela restauração dos costumes e a reforma social como bandeira do cristianismo e tema da Encíclica, que tem como subtítulo “Sobre a Restauração e Aperfeiçoamento da Ordem Social em conformidade coma lei evangélica”.
Após analisar vários aspectos, como direito a propriedade, relação capital e