Fontes de Energia para o Treinamento e Competição
A discussão das fontes de energia para o trabalho muscular é importante porque possibilita uma referência fisiológica para a prática de treinamento físico (desenvolver métodos de treinamento), da competição e na medicina preventiva (recuperação pós-cirúrgica, envelhecimento, etc.). Além do mais, com o crescente número de pessoas no mundo todo participante em atividades físicas, trás a questão dos benefícios para a saúde que podem ser conseguidos com o conhecimento das mudanças metabólicas que ocorrem durante o exercício físico.
A capacidade de um músculo realizar exercícios durante um tempoprolongado depende, entre outras coisas, do suprimento suficiente de sangue, oxigênio e nutrientes. O tipo de contração muscular e o grau de sobrecarga sobre o músculo também influem significativamente no processo metabólico.
No início de qualquer treinamento físico, a necessidade de energia não pode ser suficientemente satisfeita com oxigênio, por causa da demora inicial na absorção respiratória do mesmo, com isso, o músculo é obrigado a obter energia necessária através de processos "sem" oxigênio. A fonte de energia para a contração e relaxamento muscular é a quebra de um composto de alta energia, o trifosfato de adenosina (ATP), em difosfato de adenosina (ADP) e fosfato inorgânico. O ATP é utilizado para "energizar" o trabalho mecânico da contração muscular. Ele transporta energia para os filamentos contráteis de actina e miosina dos músculos esqueléticos, habilitando-os a deslizar um ao longo do outro, provocando o encurtamento do músculo. Esse desdobramento do ATP em ADP e Pi é facilitado pela ação da enzima ATPase.
Metabolismo Anaeróbio Alático
Em exercícios extremamente rápidos de contrações musculares máximas, de curtíssima duração, como um salto, um lançamento, uma cortada, um chute, este é o metabolismo que fornece energia.
Este metabolismo é suficiente para 2 a 5 segundos, em contrações musculares máximas, a