sociologia
Márcia Leitão Pinheiro
Segundo Miglievich , a corrente conservadora forneceu as bases das primeiras formulações da sociologia pois, ainda que os pensadores conservadores não trabalhassem com nenhum dos métodos de análise que viriam a caracterizar os primeiros esforços de se fazer uma ciência sociológica, os formuladores do pensamento conservador conseguiram dar uma identidade institucional clara a formas sociais distintas historicamente que se tornariam, num momento posterior, objeto de estudo dos sociólogos. Foram os conservadores que apresentaram aos futuros sociólogos o seu “objeto de estudo” - as instituições sociais. A autora argumenta que a Sociologia, desde seu início, era um movimento conservador, sem que seu conservadorismo se confundisse com o dos defensores do Antigo Regime, mas sim se aliasse à nova classe em ascensão. Do Iluminismo, herdara “a apologética da Razão e da destruição da sociedade tradicional, feudal, marcadamente religiosa. Rejeitou, entretanto, aquilo que acusa de ‘negativismo’, isto é, a ênfase nos processos revolucionários (Condorcet, Saint-Simon) para enfatizar o PROGRESSO mediante a ORDEM. A sociologia entraria apenas como força de aceleração a este processo inevitável que se traduz, nos termos atuais, na consolidação da ordem social burguesa. A crença na ciência como garantidora da ordem e do progresso esta na base do Positivismo”. A consolidação da Sociologia foi resultado dos esforços de Durkheim, no século XIX. Através dele, a Escola Sociológica Francesa foi constituída, congregando uma gama de intelectuais que muito contribuiu para o entendimento da vida social. A Revolução Francesa e a Industrial foram dois marcos históricos para os intelectuais da época como, por exemplo, Saint-Simon e Comte. Suas produções foram apropriadas por Durkheim, que constituiu um método e definiu o objeto de estudo da sociologia: o fato social.
SAINT-SIMON
Louis de Rouvroy, duque de