Florestan Fernades
Aos seis anos de idade já trabalhava, deixando de lado os estudos, não concluindo o curso primário, mas formando-se mais tarde no Curso de Madureza, que é como um supletivo. Em 1941, entrou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, formando-se mais tarde em Ciências Sociais.
Em 1947 virou Mestre, com a sua pesquisa sobre A Organização Social dos Tupinambás e no início da década de 50, defendeu sua tese “A função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá” de doutorado. Atuou como assistente catedrático, livre docente e professor titular na cadeira de Sociologia I, sendo efetivada na cátedra no ano de 1964, com a tese A Integração do Negro na Sociedade de Classes.
Ligado à movimentos sociais e a organizações políticas esquerdistas, defendendo sempre a escola pública, foi preso duas vezes em consequência, deixando o país em 1969 por causa do Al-5(Ato Institucional nº5) da Ditadura Militar.
Seus estudos e pesquisas eram direcionados na maioria das vezes aos indígenas e ao processo de dependência da América Latina em relação aos Estados Unidos. Escreveu um livro sobre isso chamado “Capitalismo Dependente e Classes Sociais na América Latina" (1973). Outro livro importante foi “A Revolução Burguesa no Brasil” (1975), onde questionava a resistência que a classe dominante brasileira tinha às mudanças sociais.
Lecionou no exterior em ótimas universidades ( Columbia e Yale, nos Estados Unidos e Universidade de Toronto, no Canadá). Ao voltar para o Brasil em 1972, foi efetivado (1978) como professor titular da PUC-SP e colaborou com o jornal A Folha de S. Paulo desde os anos 40 e em 1989 ganhou uma coluna semanal.
Florestan é considerado o criador da sociologia crítica no Brasil.
O sociólogo, com seu estilo de pensamento crítico,