Filosofia romana
Os sistemas helênicos costumam ser definidos e divididos, doutrinariamente em dois ramos: o antigo, referindo-se ao período grego e todas as suas elaborações e conquistas do conhecimento e, e o imperial ou romano, quando essas idéias são reformuladas sob um aspecto propriamente romano, ganhando uma nova roupagem cultural e lingüística.
A filosofia romana não ganhou notoriedade por suas descobertas ou novas correntes de pensamento, muito pelo contrario, Roma nunca produziu uma filosofia pura assim como os helênicos faziam. Eles aplicavam às correntes já existentes um novo prisma, adequando tais idéias à realidade romana. Contudo o que alavancou a filosofia romana fazendo-a perpetuar ao longo do tempo foi sua aplicação a uma área específica como por exemplo, a Jusfilosofia, que é a aplicação da filosofia ao ramo jurídico, muito utilizada até nos dias de hoje como base para códigos e normatizações.
No entanto, podemos enumerar algumas escolas filosóficas romanas de notável importância, como o Neo-estoicismo, Neo-ceticismo, Neo-aristotelismo e Neo-platonismo.
A difusão do pensamento estóico por terras da Península Itálica começou em meados do século II a.C. Em I a.C. um político de grande importância chamado Catão de Útica domina a teoria estóica, contudo, a difusão de seus princípios em Roma se dá principalmente pelas obras do historiógrafo Arrio e Estobeu. A propagação dos ideais estóicos foi imensa, atingindo desde as classes mais baixas (como os escravos) até a mais alta (como o próprio imperador Marco Aurélio). O rigor moral estóico se encaixou muito bem ás virtudes romanas.
O período estóico em Roma teve longa duração, fazendo-nos perceber duas importantes conseqüências dessa escola na sociedade local. A primeira delas é a tendência de seus seguidores não se dedicarem a novas e próprias investigações, abstendo-se apenas à doutrina já existente, substituindo a erudição pelo ensino. A segunda seria a manutenção da escola nas condições