Filosofia Na educação
O positivismo tem presença influente na educação brasileira no final do século XIX e início do século
XX. Pareceres de Rui Barbosa e Benjamin Constant procuram introduzir disciplinas científicas nos currículos escolares. Na República formaliza-se a separação entre Igreja e Estado declarando este sua neutralidade em relação ao culto religioso. Em decorrência, o ensino religioso é suprimido nas escolas públicas. No período da primeira República os pioneiros da nova proposta educacional terão como oponentes os representantes da corrente religiosa, constituindo-se os católicos os defensores do tradicionalismo pedagógico.
As primeiras décadas do século XX caracterizam-se pelo debate de idéias com base na extensão universal, através do Estado, do processo de escolarização considerado instrumento de participação política. O centro do entendimento leigo é a transformação pela escola, dos indivíduos ignorantes em cidadãos esclarecidos. É nesse período que a pedagogia tradicional é superada pela concepção moderna revelando sua força na capacidade de organização abrangendo correntes como o pragmatismo, o existencialismo, o historicismo e a fenomenologia.
Diferente da concepção tradicional, a visão de homem vem centrada na existência, na vida, na atividade. A existência precede a essência não se encarando mais a existência como mera atualização das potencialidades contidas a priori na essência. Já não há uma natureza humana, a natureza humana é mutável, determinada pela existência. Na visão tradicional dá-se ênfase ao adulto considerado pronto, acabado, por oposição à criança, ser imaturo e incompleto. A educação aqui é centrada no educador, no intelecto, no conhecimento. Na visão moderna, o adulto não