filme o tempo e o vento
Ultimamente, a indústria cinematográfica tem lançado cada vez mais adaptações de livros para as telas. Muitos são sucessos de bilheteria, mesmo quando o livro é péssimo. Outros são tão ruins como o livro. Existem os que são perfeitos: livro e filme. E tem aqueles filmes que não conseguem superar a genialidade de seu livro pois, geralmente, não foi feito para ser visto, e sim para ser lido. O tempo e o vento faz parte deste último grupo.
A história se passa no Rio Grande do Sul, final do século XIX. As família Amaral e Terra-Cambará são inimigas históricas na cidade de Santa Fé. Quando o sobrado dos Terra-Cambará é cercado pelos Amaral, todos os integrantes da família são obrigados a defender o local. Entre eles está Bibiana, matriarca da família que, junto com seu falecido esposo, Capitão Rodrigo, relembram a história não apenas de seu amor, mas de como nasceu a própria família Terra-Cambará.
Uma obra tão significante para a literatura brasileira conta com um elenco de grandes talentos. Na pele da matriarca Bibiana temos Marjorie Estiano e Fernanda Montenegro. O boa praça Capitão Rodrigo é interpretado por Thiago Lacerda. Cleo Pires e Suzana Pires dividem a personagem Ana Terra, uma mulher que sobreviveu a grandes perdas e conseguiu reconstruir sua vida em Santa Fé. Luiz Carlos Vasconcelos interpreta o pai de Ana, Maneco Terra. Ainda contamos com Paulo Goulart, Leonardo Medeiros e José de Abreu que representam a família inimiga: os Amaral.
O filme começa tentando demais. Os primeiro enquadramentos lembra os filmes cultuados, como Amélie Poulain e O Segredo dos Seus Olhos. Esses enquadramentos diferenciados, quando bem posicionados na história, traz uma identidade para a estética que é constante no decorrer do filme. Porém, quando mal posicionados, acaba distanciando o espectador da história que está sendo contada. É o que ocorre aqui, ao invés de seguir a primeira proposta apresentada, o diretor, Jayme Monjardim volta às suas origens