Conto A viagem
Só hoje me dei conta de que já estou com 53 dias e meio de viagem, ou serão 53 meses? Não sei... O tempo realmente não importa, o que interessa mesmo são os momentos vividos. Foram tantas as emoções vividas nessa viajem e, nem sempre eu percebi a intensidade de cada uma no momento em que a vivia. Hoje, olhando, ora as fotos, ora as filmagens, me pego rindo ou chorando por elas, ou ate rindo e chorando ao mesmo tempo. Alias, acho que acabei adquirindo essa mania da garota, ela faz isso ‘tão bem’ e, tanto tempo viajando com ela acabei “pegando” algumas de suas manias. Estou tomando coragem para organizar e guardar tudo, se eu não fizer isso com certeza muita irá se perder e sinceramente, apesar de ser uma viagem sem muito glamour, ela foi e esta sendo blindada com momentos tão bonitos e cheios de emoção que seria um pecado joga-los fora. Não me lembro de ter registrado os primeiros dias da viagem, ou quem sabe guardei as fotos em alguma gaveta que eu ainda não abri, na verdade, no inicio eu queria mais era viver as emoções da viagem e não perder tanto tempo registrando. Agora que a viagem esta mais monótona e um pouco mais nostálgica e que eu percebi a quantidade imensa de fotos e filmes amontoadas num canto do barco. Dos primeiros dias o que a barqueira me contou; O pescador também falou alguma coisa, mas o tempo com ele não foi muito longo e dele eu lembro mais do que fazíamos juntos e não das conversas que tínhamos, alias, não consigo me lembrar de como era a sua voz. Achei apenas algumas fotos dele e nenhum filme... Mas no inicio da viagem a presença dele foi tão forte que deveria ter mais fotos e pelo menos alguns filmes. E bem verdade que viajei com ele apenas uma semana, mas me apeguei tanto a ele que pra mim ele foi o melhor pescador que conheci. Mesmo estando sempre ocupado com a pesca ele conseguia ser atencioso com todos e às vezes ate brincava com a gente no barco. Umas poucas vezes nos levou até à praia e ensinou a