Fichamento: A identidade cultural na pós-modernidade
"As velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado. A assim chamada ‘crise de identidade’ é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social”. Pg7
“Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX. Isso está fragmentando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais. Estas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós próprios como sujeitos integrados”. 9
Três concepções de identidade – pg 10 a 13
a) Sujeito do Iluminismo – “estava baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação”. Assim, “o centro essencial do eu era a identidade de uma pessoa”. “Pode-se ver que essa era uma concepção muito ‘individualista’ do sujeito e de sua identidade”. A formação dessa concepção surge em consequência à Reforma protestante XV (“Que liberaram a consciência individual das instituições religiosas da Igreja” e defendiam a relação direta e individual do homem com Deus, em oposição a relação mediada pela Igreja); o Humanismo Renascentista XVI (“que colocou o homem no centro do universo”); as revoluções científicas e o Iluminismo XVIII. Descartes (matemático e cientista) colocava o sujeito individual no centro da “mente”, constituído por sua capacidade para pensar e raciocinar. Foi Descartes quem disse: “penso, logo existo”.
b) Sujeito