fichamento a identidade cultural pos modernidade

“LIVRO A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE”
(Stuart Hall, Rio de Janeiro: DP&A editora, 2011)
Fichamento parcial do capítulo 3
As culturas nacionais como comunidades imaginadas – p.58 à 66

Construindo a “cultura nacional”: identidade e diferença
Cultura nacional
Ernest Renan disse que três coisas constituem o princípio espiritual da unidade de uma nação: “...a posse em comum de um rico legado de memórias..., o desejo de viver em conjunto e a vontade de perpetuar, de uma forma indivisiva, a herança que se recebeu” (Renan,1990.p19) (p.58)
Timothy Brennan nos faz lembrar que a palavra nação refere-se “tanto ao moderno estado nação quanto a algo mais antigo e nebuloso – a nativo – uma comunidade local, um domicílio, uma condição de pertencimento” (Brennan,1990,p.45) (p.59)
“Tornar a cultura e a esfera política congruentes” e fazer com que “culturas razoavelmente homogênea, tenham, cada uma, seu próprio teto político” (Gellner, 1983, p.43) (p.59)
Não importa quão diferentes seus membros possam ser em termos de classe, gênero ou raça, uma cultura nacional busca unifica-los numa identidade cultural, para representa-los todos como pertencendo à mesma e grande família nacional. (p.60)
Uma cultura nacional nunca foi um simples ponto de lealdade, união e identificação simbólica. Consideremos os seguintes pontos:
A maioria das nações consiste de culturas separadas que só foram unificadas por um longo processo de conquista violenta – isto é, pela supressão forçada da diferença cultural. (p.60)
Em segundo lugar, as nações são sempre empostas de diferentes classes socais e diferentes grupos étnicos e de gênero. (p.61)
Em terceiro lugar, as nações ocidentais modernas foram também os centros de impérios ou de esferas neoimperiais de influência, exercendo uma hegemonia cultural dos colonizados. (p.62)

Em vez de pensar em culturas nacionais como unificadas, deveríamos pensa-las como constituindo um dispositivo discursivo que representa a diferença como