Fichamento - Vítimas Algozes
Alunos: Adriele Mota, Isabela Lima, Mayane Mota e Murilo Santos
Vítimas Algozes
Serrinha/Bahia Setembro – 2012
Macedo, Joaquim Manuel de, 1820-1822.
As vítimas-algozes: quadros da escravidão/Joaquim Manuel de Macedo. – São Paulo: Martin Claret, 2010. – (Coleção a obra-prima de cada autor; 308).
“Essa parasita das fazendas e estabelecimentos agrícolas das vizinhanças facilmente se pode conhecer por suas feições e modos característicos, se nos é lícito dizer assim: uma se parece com todas e não há hipótese em que alguma delas, por mais dissimulada que seja, chegue a perder o caráter da família.” – Pág. 21
O trecho retrata a venda que era o local de encontro dos escravos nas fazendas, onde eles descarregavam seu ódio contando uns aos outros dos seus sofrimentos nos castigos. Para os fazendeiros, era um local de vícios e crimes, pois era onde toda a conspiração começava.
“(...) porque o escravo, por melhor que seja tratado, é, em regra geral, pelo fato de ser escravo, sempre e natural e logicamente o primeiro e mais rancoroso inimigo de seu senhor.” – Pág. 24
O fato de ser escravo traz consigo o ódio pelo seu senhor. Um exemplo disso é Simeão, um escravo adotado por uma família branca, que recebia regalias de filho adotivo e mesmo assim criou ódio pelos patrões.
“Sabem todos o que é o amor entre os escravos: a condição desnaturada desses exilados da sociedade, desses homens reduzidos a coisas, desses corpos animados a quem se negam direitos de sensibilidade, materializados à força, materializa neles sempre o amor: sem o socorro da poesia dos sentimentos que alimenta o coração e o transporta às regiões dos sonhos que se banham nas esperanças de santos e suaves laços, os escravos só se deixam arrebatar pelo instinto animal, que por isso mesmo os impele mais violento.” –