Fichamento Platão
BOBBIO, Norberto. A Teoria das formas de Governo. Editora UnB, 10ª Edição.
Bobbio abre uma discussão sobre o grande filósofo Platão e foca em duas obras: A República e O Político. O autor começa analisando o primeiro livro, que descreve uma república perfeita, porém utópica, um Estado que nunca existiu. Além de descrever este Estado, Platão analisa os Estados Reais, aqueles que visam a constituição perfeita. O filósofo tem uma visão pessimista da história e defende que a sucessão de modelos políticos se dá uma pior do que a precedente. Platão defende que a solução dessa sucessão de modelos falhos estaria fora da história, sendo incapaz de receber ou suportar tamanha mudança radical.
O ateniense começa a analisar as constituições corrompidas em A República colocando-as em ordem decrescente de proximidade com a constituição ideal. São elas: timocracia, oligarquia, democracia e tirania. Percebe-se que as formas de governo monarquia e aristocracia não são citadas no esquema anterior. Platão defende que estas duas são as que mais se aproximam da forma de governo ideal, não fazendo grande distinção entre as elas, apenas no número de governantes. Estas, ainda, apresentam suas formas corrompidas: tirania e oligarquia, respectivamente.
Introduz-se o termo timocracia (time, “honra”), uma forma de governo transitória, do ideal, para as formas de governo corrompidas. A transição se daria da seguinte forma: monarquia ou aristocracia, timocracia, oligarquia, democracia, tirania. Um movimento descendente da forma ideal de um governo.
O grande filósofo caracteriza as diferentes formas realçando as peculiaridades morais de cada homem em seu governo. Para Platão, o homem aristocrático é bom e justo. Bobbio segue analisando, resumidamente, as paixões desses homens que governam de maneira inferior: “para o timocrático, a ambição, o desejo de honrarias; para o oligárquico, a fome de riqueza; para o democrático, o desejo imoderado de