Fichamento Kuhn
“Tanto a acumulação de fatos como a articulação da teoria tornam-se atividades altamente orientadas.” (KUHN, 2005, p. 38)
“Desde a Antiguidade um campo de estudos após o outro tem cruzado a divisa entre o que o historiador poderia chamar de sua pré-história como ciência e sua história propriamente dita.” (KUHN, 2005, p. 41)
O texto é inaugurado com a apresentação de uma definição de ciência normal, que seria aquela fundada em experiências científicas anteriores e reconhecida nas comunidades científicas, perpetuada por meio dos manuais científicos. (KUHN, 2005, p. 29) Para Kuhn, essa ciência normal seria pautada em paradigmas e o estudo de certos paradigmas específicos levaria o estudante a se preparar à atuação científica em uma área ou outra. Em vias de definir o que caracterizaria um problema como paradigma, o autor se atenta a duas características:
a. o problema, as realizações científicas que geram esse problema, são suficientemente inovadoras e pioneiras, atraindo um grupo quase que perene em vias de resolução das questões;
b. essas realizações primeiras são lacunares: geram uma série de livres quebra-cabeças para o grupo novo que aderiu ao paradigma.
(KUHN, 2005, p. 30)
O autor prossegue em descrever a ciência pré-paradigmática, em vias de encontrar o primeiro paradigma, citando o exemplo dos estudos sobre a ótica. Nessa ciência os vários autores pesquisam e buscam respostas ao acaso, gerando Livros Exotéricos, e a partir daí passam atentar convencer outras pessoas de que sua teoria ou forma de explicar é superior a de outros cientistas e grupos. Inicia-se uma competição. Quando um grupo supera os demais e é aceito suficientemente, este torna-se uma Comunidade Científica e seu modelo de fazer ciência, seu estudo e seus escritos passam a se tornar paradigmas, que servirão de base para o estudo daqui pra frente. Desse ponto em diante a ciência não é mais difusa e competitiva, mas acumulativa. É o que ocorre em Newton: