Fichamento do livro "O contrato social" de Rousseau
Capítulo I – Objetivo desse Primeiro Livro
“O homem nasceu livre e por toda parte está agrilhoado. Aquele que se crê senhor dos outros não deixa de ser mais escravo que eles.” – p. 9“Se eu considerasse apenas a força e o efeito que dela deriva, diria: enquanto um povo é obrigado a obedecer e o faz, age bem; assim que pode sacudir esse jugo e o faz, age melhor ainda; porque, recobrando a liberdade pelo mesmo direito que lha tinha arrebatado, ou ele tem razão em retomá-la ou não tinham em lhe tirar. Mas a ordem social é um direito sagrado, que serve de base para todos os demais. Tal direito, entretanto, não advém da natureza; funda-se, pois, em convenções.” – p. 9Capítulo II – Das Primeiras Sociedades
“A mais antiga de todas as sociedades, e a única natural, é a família. Ainda assim, os filhos só permanecem ligados ao pai enquanto necessitam dele para a própria conservação.(...) a própria família só se mantém por convenção.” – p. 10
“Essa liberdade comum decorre da natureza do homem. Sua primeira lei consiste em zelar pela própria conservação, (...) tão logo alcançada a idade da razão, sendo o único juiz dos meios adequados à sua conservação, torna-se por isso seu próprio senhor.” – p. 10
“É a família, pois, o primeiro modelo das sociedades políticas, o chefe é a imagem do pai, o povo a dos filhos, e todos, tendo nascido iguais e livres, só alienam sua liberdade em proveito próprio. A diferença toda está em que, na família, o amor do pai pelos filhos compensa dos cuidados que lhe dedica, enquanto no estado o prazer de comandar supre esse amor que o chefe não tem por seus povos.” – p. 10“Assim como um pastor é de natureza superior à de seu rebanho, também os pastores de homens, que são os seus chefes, possuem natureza superior à de seus povos.” – p. 11“Todo homem nascido na escravidão nasce para a escravidão.” – p. 11“Se há, pois, escravos por natureza, é porque houve escravos contra a natureza. A força fez os primeiros escravos, sua covardia os