Felipe Pena
A palavra que não cabe no conceito de romance-reportagem . Não pode haver dúvida. Neste tipo de narrativa, o autor não inventa nada. Ele se concentra nos fatos e na maneira literária de apresenta-los ao leitor. Trata-se do cruzamento da narrativa romanesca com a narrativa jornalística. O que significa manter o foco na realidade factual, apesar das estratégias ficcionais.
É preciso deixar bem clara a diferença entre o romance-reportagem, Ficção e a ficção jornalística. O primeiro usa adereços literários para aprofundar a abordagem sobre os fatos reais, a segunda apenas parte desses mesmos fatos para construir seu enredo, que será complementado por novas narrativas inventadas pelo autor.
Quem faz romance-reportagem busca a representação direta do real por meio da contextualização e interpretação de determinados acontecimentos.
Sobre o “romance-reportagem”, ele destaca que, apesar de pouco utilizado, ele continua circulando no país. Sua fase de maior sucesso foi na década de 1970, fase em que a mistura de jornalismo e literatura recebeu a denominação de romance-reportagem. Nesse tipo de narrativa, segundo Pena, mantém-se o foco na realidade factual, apesar das estratégias ficcionais. Sobre a ficção jornalística, o autor aborda o tema no capítulo de mesmo nome, destacando que a ficção jornalística não tem compromisso com a realidade, apenas a explora como suporte para a sua narrativa. Os autores “ficcionam” as informações jornalísticas, acrescentando dados e situações, além de descrever possíveis diálogos dos personagens. O autor preocupa-se ainda em falar sobre a tênue distância entre ficção e realidade, preocupando-se em aprofundar cada tema abordado e os aspectos mais importantes deles.
Capítulo 7 – A ficção jornalística
Sobre a ficção jornalística, o autor aborda o tema no capítulo de mesmo nome, destacando que a ficção jornalística não tem compromisso com a realidade, apenas a explora como suporte para a sua narrativa.