Teorias do jornalismo: teoria gnóstica, etnográfica, nova história e dos fractais biográficos ou biografia sem fim, de felipe pena.

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No capítulo “Teorias e Críticas” do seu livro Teoria do Jornalismo, Felipe Pena apre-senta as grandes teorias do jornalismo e propõe outras quatro que esse texto tentará apre-sentar a seguir.
Inspirado no Gnosticismo, conjunto de correntes filosófico-religiosas cujo objetivo era conciliar todas as religiões através da construção de um conhecimento secreto, Pena propôs a Teoria Gnóstica. No entanto, o autor foge da perspectiva religiosa e constrói a idéia que o jornalismo é constituído por um tipo de conhecimento que se transmite por tradição e mediante ritos de iniciação. São poucos os que têm acesso a esse conhecimento, apenas os que fazem parte de um grupo específico que construiu o caráter restrito dos costumes, do vocabulário e dos ritos de iniciação do fazer jornalístico. Ele afirma que, com o tempo, o jovem jornalista adquire o “conhecimento secreto”, o comportamento da sua tribo e também passa a ser produtor desse conhecimento. Isso tudo dá a ele a capacidade de reconhecer o que é noticiável, além de outras características.
A metodologia etnográfica pressupõe que o pesquisador não só conheça profunda-mente a cultura que está estudando mais faça parte de sua dinâmica. Desta forma, é possí-vel compreender as atitudes do nativo. E o instrumento para isso é a pesquisa de campo. Partindo desse pressuposto, Pena apresenta a Teoria Etnográfica que consiste nas diferen-tes formas de ver o mesmo fato. Para ele, o jornalista deve despir-se de suas visões estereo-tipadas para enxergar diferentes angulações e contextos, isto é, buscar ver com as lentes do outro. A palavra etno significa cultura. A teoria etnográfica só ocorre a partir do momento em que existe uma pesquisa de campo, onde o pesquisador vai se despir de sua cultura para viver a cultura do outro. Nessa metodologia, o pesquisador não deve apenas conhecer pro-fundamente a cultura que esta estudando, deve também se apropriar dela, fazer parte de sua dinâmica.
Michel de Certeau afirmou que a História é

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