Felipe pena JOrnalismo literario
NAHYLDA AMÁLIA SARAIVA E SILVA
JORNALISMO LITERARIO DE FELIPE PENA
RESUMO
TERESINA
2014
“Escrevo porque não sei fazer música. Se soubesse ler partituras e articular notas harmônicas, não me arriscaria nessas linhas tortas e analfabetas. A música é uma forma de comunicação muito mais eficaz e perene. Qualquer canção permanece por mais tempo no imaginário do que o melhor dos textos literários. Mas é preciso ter ouvido sensível e alma dançante. Como não fui capaz de desenvolver tais habilidades, fiz a faculdade de Jornalismo. Na verdade, queria ser escritor, mas logo descobri que seria emparedado pelas regras de objetividade da imprensa diária.
As páginas a seguir representam uma tentativa de quebrar essas paredes. Mas não se iluda, caro leitor. Dizem que o bom texto segue padrões musicais. Tem ritmo, harmonia e sonoridade. Se você possui essas três qualidades, largue logo este livro e corra para o piano. Não perca tempo com a Literatura. Muito menos com o Jornalismo.
Preocupe-se apenas com a melodia.”
Felipe Pena.
Antes de iniciar seu livro, Felipe Penha faz essa pequena advertência aos seus leitores. O pequeno texto instiga o receptor a fazer uma breve comparação entre a melodia e a letra, o que faz a melodia ser tão memorável, enquanto que a letra quando desacompanhada do “som” se torna menos eficaz.
Jornalismo é um fato, mostra a realidade. Literatura é a realidade com a ficção, são contos baseados no cotidiano. Jornalismo literário busca a junção de ambos, é a união da “melodia com a letra” do jornalismo. Ele busca uma forma alternativa do jornalismo factual, esse tendo como prioridade a informação básica, essencial à compreensão do que se quer noticiar, sendo o profissional pressionado com prazos e completa objetividade em suas pautas. Essa alternativa para o trabalho jornalístico tentar ultrapassar o “monotonismo” da redação, pois a literatura traz a história para dentro da notícia, ganhando enredo,