Resenha Crítica Comparativa referente ao livro “Mídias, Máfias e Rock’n’roll” de Claudio Tognolli e ao artigo “O jornalismo Literário como gênero e conceito” de Felipe Pena.

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Resenha Crítica Comparativa referente ao livro “Mídias, Máfias e Rock’n’roll” de Claudio Tognolli e ao artigo “O jornalismo Literário como gênero e conceito” de Felipe Pena.
Por Jéssica Cegarra
Os dois autores em questão trazem contribuições importantes para o desenvolvimento da prática jornalística, ambos trazem exemplos práticos do dia a dia da profissão.
O livro “Mídias, Máfias e Rock’n’roll” de Claudio Tognolli (jornalista e professor Doutor da Escola de Comunicações e Artes-USP) faz referencia a um dos gêneros pioneiros no Brasil, o Jornalismo Investigativo. Além de contar várias histórias insólitas, engraçadas e interessantes da profissão, ele cita o jornalismo quântico, denuncia a máfia dos artistas que compram jornalistas na base da venda de influência e revela a própria paixão musical pelo rock.
Já o discurso de Felipe Pena (psicólogo e professor no Doutorado em Comunicação da Universidade Federal Fluminense), no artigo “O jornalismo Literário como gênero e conceito”, é em prol da produção da conceituação do jornalismo literário. Pena também reflete sobre a questão dos sub-gêneros, e não deixa de enfatizar os relatos orais que foram a primeira grande mídia da humanidade.
Para Tognolli, nossa mídia apagou as fronteiras que deveriam ter sido mantidas e acabou trocando lentamente o popular pelo popularesco. Ele afirma que as respostas estão escondidas em lugares desagradáveis, como a flor de lótus que nasce no pântano. Já Pena, no final do artigo, conclui que não se trata da oposição entre informar ou entreter, mas sim de uma atitude narrativa em que jornalismo e literatura estão misturados. Por conseguinte, para ele o que falta é valorizar a musicalidade, pois ela permanece por muito mais tempo na memória cultural do que a literatura.
Ambos usam de teóricos de peso para contextualizar as obras. Heidegger, Jorge Luiz Borges, Baudelaire, Timothy Leary e o brasileiro Umberto Eco foram citados por Tognolli. Assim como Peter Burke, Victor Hugo, Gerard

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