FEDERALISMO NO BRASIL
Este trabalho tem como intuito problematizar a questão do federalismo no Brasil sob o prisma de José Murilo de Carvalho, Lilia Moritz Schwarcz e Bourdieu, entre outros. Debater a unidade territorial e política do Brasil, colosso territorial desde a chegada dos Portugueses e a razão do mesmo não se fragmentar em diversos territórios autônomos com o decorrer dos séculos, a força das elites locais, sua influência diante da população e política.
Além, obviamente, da figura central dos regentes e como a presença, física ou simbólica contribuiu para a unidade da colônia e posteriormente, reino e império.
Palavras chave: Federalismo, Brasil, Imperador, Elites locais.
INTRODUÇÃO
A especificidade do caso brasileiro dentro do contexto colonial da América é passível de vários estudos e discussões.
Oriundo de um reino pequeno em proporções territoriais e população, o Brasil se tornou a maior das colônias portuguesas no além-mar, um colosso em dimensões que, a uma primeira impressão, poderia se esfacelar mediante as influências localizadas e falta de uma política centralizadora. Contudo, tal cenário jamais se concretiza.
Este artigo visa problematizar tal estrutura única e o advento do federalismo no Brasil. As idiossincrasias de lideranças regionais e a figura agregadora do Rei e dos futuros Imperadores do país na forma de atalaia e símbolo maior da unidade nacional, independente de que tal unidade ser reflexo de absolutismo ou constitucionalismo.
Todavia, tal federalismo é estruturalmente intrínseco ao modelo brasileiro, sendo apenas eco ou pálida visão do que ocorre nos Estados Unidos, por exemplo, ou mesmo o caso da Argentina, bem mais próxima do Brasil.
Seja pela ausência de governo central e parca população, mão pesada do absolutismo ou jogo político de gabinete, o federalismo brasileiro é tema para discussões e ponderações à luz de conceitos e conjecturas.
FEDERALISMO E CENTRALIZAÇÃO NO BRASIL