FALSIFICA O DE CHASSIS
De acordo com a polícia, a quadrilha atua da seguinte maneira: os criminosos têm acesso à lista dos chassis dos veículos produzidos para exportação, vendidos diretamente para órgãos públicos, ou que têm perda total em acidentes. Os bandidos então emitem notas falsas de compra desses veículos. Com essa nota, a quadrilha rouba ou furta veículos de mesmo modelo e mesma cor. Os carros roubados têm os chassis trocados por aqueles da lista de veículos exportados vendidos para o governo ou acidentados. E como o número do chassi confere com o existente na base de dados do Denatran, o carro é emplacado normalmente e vendido como se fosse regular.
A polícia tem fortes indícios da participação de funcionários de montadoras e do Denatran no esquema, já que apenas eles têm acesso aos dados pré-cadastrais de cada veículo.
Para o delegado responsável pelas investigações, há uma brecha no sistema do Denatran que permite que as quadrilhas tenham acesso a esse tipo de informação. “As montadoras e importadoras informam ao Denatran esses números, que são veículos destinados à importação. E assim, deveria haver uma restrição nesses números, para serem somente liberados no ato de emplacamento”, afirma o delegado Mário Arruda.
Já o Denatran informou que acionou a Polícia Federal assim que teve conhecimento da fraude, e que o caso não foi divulgado para não atrapalhar as investigações. Segundo o Denatran, não há qualquer possibilidade de algum funcionário do departamento estar envolvido na fraude descoberta pela polícia do Rio de janeiro.
Sobre as brechas apontadas pela polícia no Registro Nacional de Veículos, o órgão informou que vai encaminhar o assunto ao Conselho Nacional de Trânsito, o Contran, para avaliar a necessidade de algum ato normativo sobre cadastro de veículos fabricados para exportação. http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/12/policia-descobre-novo-esquema-de-falsificacao-de-chassis-de-carros.html (acesso em 11/05/2015)