Extração de óleo de Cravo
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INTRODUÇÃO Desde a antiguidade, o homem vem procurando isolar compostos naturais, até então chamados orgânicos, pois estes seriam impossíveis de serem sintetizados, segundo a Teoria do século passado chamada "Vitalismo" (Força Vital). Mesmo hoje, com todo desenvolvimento científico e tecnológico, o homem descobriu que poderia sintetizar inúmeros desses compostos a partir de reações conhecidas, todavia ele não conseguiu ultrapassar a perfeição da natureza. O homem procura extrair da natureza o que lhe servirá de útil. Dentre tais compostos, inúmeros provém de plantas na forma de óleos, até então chamados óleos essenciais. O processo de extração é, na maioria das vezes, a destilação por arraste a vapor sob pressão atmosférica, sendo tal técnica discutida posteriormente. Dentre os inúmeros óleos essenciais, temos o cravo que é uma planta usada como tempero desde a antiguidade. O conteúdo total de óleo em cravos (de boa qualidade) chega a 15%. O óleo é constituído, basicamente, por eugenol (70 a 80%), acetato de eugenol (15%) e beta-cariofileno (5 a 12%). O Eugenol é um composto aromático que está presente nos cravos, canela, sassafrás e mirra. A nomenclatura IUPAC para o eugenol é 4-Alil-2-Metoxifenol e o número CAS é 97-53-0. Possui um marcante efeito anestésico, sendo usado no tratamento de dores de dente. É também empregado na indústria de cosméticos. A adição de amina ao metileugenol leva ao 3,4 dimetoxianfetamina, ou 3,4-DMA, uma anfetamina alucinogênica largamente consumida nas raves dos EUA e Europa. A destilação por arraste a vapor é usualmente empregada na purificação de substâncias voláteis e imiscíveis em água. Tem como principal vantagem o fato de a mistura entrar em ebulição a uma temperatura inferior ao ponto de ebulição da água. Esta técnica é também aplicada para resinas e óleos naturais que podem ser separados em frações voláteis e não voláteis e na recuperação de sólidos não arrastáveis pelos vapores de sua dissolução, na presença