Experiência Religiosa
Introdução
Na relação de homem e divindade, ao que se pode chamar transcendência e imanência, o homem corresponde ao mistério, àquilo que lhe é superior às suas possibilidades e conhecimentos, usando daquilo que chamamos de cerimônias, louvando, invocando e manifestando sua gratidão a Deus, estabelecendo desta maneira um contato com o sagrado. Isso, no entanto, não se resume a uma religião, mas a muitas outras, haja vista que o ser humano é um ser religioso complexo, que dependendo de sua cultura, lugar ou necessidade busca encontrar-se com o sobrenatural. É da experiência religiosa que nasce a fé. Desta forma a religião impregna a todas as formas de vida, principalmente, naquela que tange a espiritualidade. E neste contexto, o homem religioso acredita que Deus o criou e, portanto, sua origem provém de uma divindade.
Desenvolvimento
O homem primitivo, diante do temor dos fenômenos naturais, e de suas necessidades em obter benefícios viu-se impelido a render veneração e culto ao deus sol, a divindade lunar, o trovão, a montanha sagrada, os espíritos da água, do fogo, do vento... A crença de que os fenômenos e forças da natureza são capazes de intervir nos assuntos humanos constitui o fundamento de todas as idéias religiosas dos povos primitivos, que viviam em harmonia com a natureza e sentiam em todas as suas manifestações a presença do sagrado. À medida que o homem passou a organizar sua existência numa base racional, a multiplicidade poderes divinos e sobre-humanos da religião primitiva não conseguiu mais satisfazer a necessidade de estabelecer uma relação coerente com as múltiplas forças espirituais que povoaram o universo. Surgiram assim as religiões politeístas e monoteístas, expressões das condições sociais e culturais de cada época e das características dos povos em que surgiram.
As religiões politeístas afirmam a existência de vários deuses, aos quais rendem culto. O politeísmo reflete a experiência humana de um universo