Exceção ou Regra?
Ederson Molina Correa1
Resumo
A partir de Guantánamo este artigo tem como proposta analisar os direitos e garantias individuais conquistadas ao longo do tempo para uma melhor convivência em coletividade. No entanto os valores pregados pela democracia são usurpados quando se ignora tais conceitos para atender a um grupo limitado de pessoas. Um problema na modernidade são espaços vagos de leis e direitos - mais precisamente Guantánamo - aonde o indivíduo desnudo de leis é mantido em um estado sem leis que o amparem, causando na humanidade uma grande descrença na democracia e em seus valores.
Palavras-chave
Guantánamo, direitos, democracia, valores.
Introdução
Jean-Jacques Rousseau começa escrevendo no contrato social que “o homem nasce livre e em toda parte é posto a ferros”. O filósofo que inspirou grandes Revoluções e influenciou os rumos da história, atentava para o fato de que todos os seres nascem livres, mas por alguma razão não o são, ele continua dizendo ignorar o que poderá produzir essa mudança. No entanto, naquele período ainda se vivia na maior parte das nações o absolutismo. As Revoluções Americana e Francesa surgem para romper um sistema político e criar outra forma de governo, desta vez, governado pelo próprio povo.
O valor que a democracia assumiu no ocidente após a Revolução Americana e Francesa consolidou-se em nossos dias como a melhor maneira para representar e guardar os direitos de um povo. Atualmente o discurso democrático assumiu um peso muito grande na sociedade ocidental após as Revoluções citadas. O discurso político dos governos no ocidente é que são democráticos, ou seja, que governam para o povo e que respeitam a vida, os direitos, a liberdade individual e convenções humanitárias.
O panorama político atual não é dos mais animadores, haja vista, existir uma super-potência que detém a hegemonia bélica sobre o planeta, desrespeitando acordos e convenções humanitárias com o argumento de que se está