Evolução das políticas públicas
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Partindo da premissa que a concepção e evolução de políticas públicas, e em especial as políticas sociais, decorrem do papel desempenhado pelo Estado nos diversos contextos sociais, torna-se imprescindível desvendar o Estado Contemporâneo brasileiro, á luz de chaves analíticas fundamentais fornecidas por Alba Mª Pinho de Carvalho, Lúcio Oliver e Carlos Nelson Coutinho para entendermos nossa política em estudo. De Carvalho (2006) obtém-se uma fecunda reflexão sobre as novas formas de dominação social a partir da “subordinação do trabalho vivo” (Carvalho 2006). Na verdade, em seu voraz e insaciável poder de acumulação, o modo de obtenção de mais valia moderniza-se, pelo avanço tecnológico, levando “á fragmentação e ao esvaziamento do trabalho e ao crescente controle da humanidade pelos resultados de suas atividades materializadas. (Oliveira 2005). Nesse novo momento do capitalismo, suas novas formas de domínio repercutem desastrosamente no mundo do trabalho, levando instabilidade, insegurança, precarização e profundo desemprego. Ainda recorrendo a Carvalho, a autora nos instiga a refletir, que a dominação capitalista, mediada pelo Estado, não se materializa apenas na economia, mas também na política e na cultura. Nesse sentido, vivemos uma grande crise, expressa no acirramento de contradições, apartações, exclusões, numa civilização cuja tônica maior é a liquidez e a descartabilidade de tudo. No entanto a autora mais uma vez nos provoca e nos dá animo novo, ao afirmar que o Estado não é só sociedade política. E como grande conhecedora e compartilhando a teoria de Antonio Gramsci, Carvalho nos traz o conceito ampliado de Estado, nos dando a certeza de que este Estado capitalista acopla também a sociedade civil. Sociedade civil que na medida em que se organiza, em movimentos sociais, tensiona e pressiona este estado capitalista, no sentido de reconhecimento de direitos, de melhores condições de vida e de trabalho, especialmente da camada empobrecida e