EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES - TEORIAS
Segundo o pensamento predominante até o século XVIII cada espécie teria surgido de maneira independente, permanecendo sempre com as mesmas características. Até o naturalista Lineu, que criou em 1735 o primeiro sistema de classificação biológica, aceitava essa ideia, conhecida como criacionismo ou fixismo. No início do século XIX, a hipótese de uma transformação das espécies passou a ganhar destaque diante de inúmeras evidências, como a existência de fósseis de organismos diferentes dos organismos atuais.
1- Lamarckismo Segundo Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), as transformações das espécies dependeriam de dois fatores: a lei do uso e desuso dos órgãos e a lei da herança dos caracteres adquiridos. De acordo com a lei do uso e desuso, um órgão desenvolvia-se com o uso e atrofiava-se com o desuso. Nessa lei há uma verdade apenas parcial, pois o ambiente só pode variar as características fenotípicas dentro de certos limites predeterminados pelo genótipo. Além disso, para certas características o uso e o desuso não têm nenhuma influência. Na lei da herança dos caracteres adquiridos Lamarck afirma que o caráter adquirido (resultante do desenvolvimento pelo uso ou da atrofia pelo desuso) seria transmitido aos descendentes. Por tudo que sabemos hoje, apenas uma modificação nos genes (mutação) pode ser transmitida às gerações seguintes, e mesmo assim se esses genes estiverem nas células germinativas (gametas). Mesmo estando enganado quanto às suas interpretações, Lamarck merece ser respeitado, pois foi o primeiro cientista a questionar o fixismo e defender ideias sobre evolução. Ele introduziu também o conceito da adaptação dos organismos ao meio, muito importante para o entendimento da evolução.
2- Darwinismo Em uma viagem às ilhas Galápagos na década de 1830, Charles Darwin observou espécies características que diferiam