Aplicação das ciencias exatas na carreira agronômica
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Uma ideia fundamental de Darwin, a de que essas relações de parentesco podem ser expressas por uma árvore, não vem tendo vida tão fácil. Os mesmo estudos genômicos que revelam os elos de parentesco entre os seres vivos trouxeram surpresas: as árvores de parentesco obtidas através de diferentes genes muitas vezes contam histórias evolutivas diferentes. Como isso seria possível, se todos os seres vivos são aparentados uns aos outros, compondo uma única árvore da vida? A resposta é que talvez não haja uma única árvore. Isso ocorre-ria caso os organismos evoluíssem através de dois processos: descendência com modificação (representado pela árvore) e um segundo processo, transferência gênica horizontal (que transforma a árvore numa rede ou teia e é particularmente comum em bactérias, que incluem a maioria das formas vivas). Este último processo corresponde à transferência de material genético entre espécies diferentes, resultando em organismos que são “mosaicos” de genes de espécies pré-existentes. A segunda grande ideia de Darwin (cuja autoria ele partilha com o naturalista Alfred Wallace) foi a da seleção natural. Para a teoria sintética – a teoria darwinista que se consolidou a partir dos anos 30, unificando evolução e genética —, a explicação do processo evolutivo não precisaria de qualquer outro mecanismo além da seleção natural e, no caso da origem de novas espécies, de mecanismos de isolamento reprodutivo. Hoje, temos uma nova forma de entender a evolução, baseada em parte numa síntese entre biologia evolutiva e biologia do desenvolvimento. A biologia evolutiva do desenvolvimento, ou evo-devo, vem contribuindo para um pluralismo de processos, a ideia de que a compreensão da evolução requer uma série de mecanismos operando de modo complementar. Entre eles, temos as restrições ao processo evolutivo.