Evolucao da Cidadania
A Cidadania está associada a vida em sociedade e é uma referência aos estudos que tem como foco a política e as próprias condições de seu exercício, tanto nas sociedades antigas quanto nas modernas.
O termo deveria ser uma condição de igualdade civil e política, no entanto, as mudanças nas estruturas socioeconômicas moldaram seu conceito e sua prática.
Cidadania, segundo o Dicionário Aurélio de Buarque Holanda Ferreira, “é a qualidade ou estado do cidadão”, este definido como “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.
Utilizada pela primeira vez na Roma Antiga, a palavra Cidadania associava-se a participação política, indicando os direitos que uma pessoa tinha ou podia exercer. A sociedade romana era separada em classes sociais, existindo os estrangeiros e os romanos, tendo estes várias categorias. Quanto a liberdade, existiam os livres e os escravos, não havendo igualdade entre os primeiros sendo classificados entre cidadania e cidadania ativa, onde somente estes últimos tinham o direito de participar e ocupar cargos políticos. Assim, a essência política da cidadania na realidade greco-romana revestia-se de uma discrepância entre democracia real e ideal, uma igualdade de direitos que, de fato, não era praticada.
Na Europa, séculos XVII e XVIII, fase do absolutismo, a divisão da sociedade em classes lembrava a divisão de Roma, existindo os nobres e os comuns, sendo aqueles os que eram ricos; a burguesia e os trabalhadores, que não possuíam riqueza.
Cansados das arbitrariedades e injustiças oriundas dos reis e nobreza, burgueses e trabalhadores uniram-se e fizeram as revoluções burguesas. A burguesia defendia a ideia de que todos os seres humanos nascem livres e são iguais, devendo ter os mesmos direitos. Trabalhadores também queriam o reconhecimento da igualdade com participação no governo e leis mais