Eutanásia e testamento vital.
Eutanásia e Testamento Vital.
Por que é tão difícil falar de morte? Por que as pessoas evitam falar sobre a única certeza que temos na vida? Não seria muito mais fácil aceitar essa realidade e viver cada dia como se fosse o último? Vivemos como se o amanhã fosse uma certeza e não a morte.
O tempo todo perdemos alguma coisa e estamos sempre buscando a imortalidade. Dentro dessas perdas podemos refletir sobre o envelhecimento. Envelhecer pode ser uma experiência solitária ou compartilhada, depende da escolha do sujeito, mas é sempre única e pessoal. O envelhecimento não é coisa que acontece com o Outro.É meu. E é inexorável. Ninguém poderá viver nenhuma das fases da vida por mim. Com o envelhecimento surgem as limitações, as doenças e a necessidade maior de cuidados. Os cuidadores devem estar atentos aos sinais, mas nunca subjugar ou não dar atenção a uma queixa do idoso. Envelhecer sim, mas com o máximo de autonomia e dignidade. Transformações rápidas exigem reflexão criteriosa dos referenciais bioéticos: autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça. O cidadão tem direito às orientações de como vislumbrar um envelhecimento saudável, no seio da família e de como usufruir os benefícios de ser idoso. Recentemente o Estatuto do Idoso veio reforçar esses direitos já previstos na Constituição Federal e na prática esquecidos por muitos.
Direitos sociais surgem como uma complementação dos Direitos Humanos, impõe ao Estado garantir esses direitos através da assistência e previdência social, moradia, lazer, alimentação e preservação da dignidade da pessoa. A Constituição já trazia a responsabilidade dos familiares nos cuidados com o idoso. Dessa forma os direitos sociais passam a garantir esses direitos muitas vezes esquecidos. Quantas famílias hoje sobrevivem com a aposentaria de um idoso? Quantos idosos assumiram a responsabilidade de criar e educar crianças que ficaram órfãs, vítimas do HIV/AIDS? O idoso perde a dignidade por ser idoso? É