ETNOLOGIA BRASILEIRA – EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO
Discente: Roberto Raimundo da Silva/UFAC
FICHAMENTO
CASTRO, Eduardo Viveiros de. Etnologia Brasileira IN O que ler na ciência social brasileira 1970-1995, Volume 1 (organização Sérgio Micelli) São Paulo Editora Sumare, 1999.
O texto em questão traz um debate sobre etnologia brasileira e o que se entende dela, Eduardo Viveiros de Castro refere-se a duas concepções do objeto da etnologia sobre os povos indígenas, a etnologia clássica e a etnologia do contato interétnico, tal concepção está relacionada com os povos considerados situados no Brasil e outra com os povos que fazem parte do Brasil.
A reflexão de Viveiros de Castro, no entanto, não é o primeiro passo da discussão em que se insere, posto que o debate desenvolve-se entre os principais Antropólogos do Brasil, Darcy Ribeiro, Eduardo Galvão, Roberto Cardoso de Oliveira, entre outros. O que está sendo levantado, segundo Viveiros de Castro, é uma contradição entre duas concepções do objeto da etnologia, o qual apresenta no texto duas vertentes: o lado dos índios e o lado dos homens brancos, ou seja, o ponto de vista dos povos indígenas e o ponto de vista do Estado nacional. Desta forma, a questão está em decidir o que é o contesto de que, e, reciprocamente, quem está inserido no contexto de quem.
“[...]a escolha, em ultima análise, é entre uma perspectiva centrada no pólo colonial, uma sociologia do Brasil indígena(Cardoso de Oliveira, 1978) que toma os índios como parte do Brasil, e uma perspectiva centrada no pólo nativo, voltada para a construção de uma verdadeira sociologia indígena, isto é, uma antropologia dos índios situados no Brasil.”(pg115)
Viveiros da Castro desenvolve uma analogia em que o leitor terá uma visão dualista dos dois tipos de etnologia, isto é, ao estudar uma sociedade indígena, tem que apagar as impressões evidenciadas pela presença da sociedade colonizadora, e apreende-la a partir dos contextos o qual