etica em cuidados paliativos
A saúde humana obteve evidentes benefícios com o avanço tecnológico, permitindo alguns fatos notáveis, como o aumento do tempo médio de vida, a prevenção e erradicação de uma série de males, e a reversibilidade de expectativas na evolução de um grande número de doenças. Entretanto, nas unidades de terapia intensiva (UTF) existe entre seus usuários um grupo especial de pacientes que se caracteriza por utilizar uma infinidade de recursos tecnológicos e, mesmo assim, apresenta resultados persistentemente desanimadores, através disso é avaliado com mais rigor os benefícios que tais pacientes obtêm em troca de tanto sofrimento e investimento. Do ponto de vista ético, pretende-se evitar que esta tecnologia venha a se transformar em instrumento que prolongue o sofrimento e retarde, a qualquer custo, o inevitável processo de morte, submetendo o paciente a uma agonia por métodos artificiais.
A partir do momento que o paciente passa a não ser salvável e passa fazer parte do período de morte inevitável, o fato é encarado diferente por cada pessoa envolvida, seja ela paciente, família, equipe multiprofissional, membro da comissão de ética e outros, pois os conceitos vida e morte sofrem interpretações diversas de acordo com individualidade, forma e opção de vida. Entretanto, espera-se que os profissionais enfermeiros tenham desenvolvido durante sua formação acadêmica o devido preparo sobre o tema para que a assistência de enfermagem seja prestada com equilíbrio emocional adequado, respeitando essa passagem do fim da vida para a chegada da tão temida morte, para se tornar um multiplicador do cuidado paliativo. Falar de ética em cuidados paliativos é promover a melhor qualidade de vida possível para o doente em fase terminal e sua família, até o momento da chegada da morte, de modo verdadeiramente humano, respeitando os limites advenientes da dignidade da pessoa.
Portanto, a equipe de enfermagem tem obrigação ética e moral de manter o suporte emocional e todas as