Fichamento
Referência Bibliográfica:
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. 5 ed. Trad.: Manuela Pinto e Alexandre Morujão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001, p. 41-61.
Através do resultado será possível perceber se o conhecimento racional atingiu sua finalidade: “Só o resultado permite imediatamente julgar se a elaboração dos conhecimentos pertencentes aos domínios próprios da razão segue ou não a via segura da ciência.” (p. 25)
A lógica alcançou resultados satisfatórios a partir de uma via segura: “Pode reconhecer-se que a lógica, desde remotos tempos, seguiu a via segura, pelo fato de, desde Aristóteles, não ter dado um passo atrás, a não ser que se leve à conta de aperfeiçoamento a abolição da algumas subtilezas desnecessárias ou a determinação mais nítida do seu conteúdo, coisa que mais diz respeito à elegância que à certeza da ciência” (p. 41)
A lógica não necessita auxílio de outras ciências para explicá-la: “Não há acréscimo, mas desfiguração das ciências, quando se confundem os seus limites (...).” (p. 42)
A lógica seria a antecâmara dos conhecimentos por essa possuir seus limites bem delimitados: “Que a lógica tenha sido tão bem sucedida deve-se ao seu caráter limitado, quê a autoriza e mesmo a obriga a abstrair de todos os objetos de conhecimento e suas diferenças, tendo nela o entendimento que se ocupar apenas consigo próprio e com a sua forma.” (p. 42)
Há duas formas do conhecimento da razão referir-se ao seu objeto: “(...) ou pela simples I determinação deste e do seu conceito (que deverá ser dado noutra parte) ou então o realizando. O primeiro é o conhecimento teórico, o segundo o conhecimento prático da razão. Em ambos, a parte pura, isto é, aquela em que a razão determina totalmente a priori o seu objeto, por muito ou pouco que contenha, deve ser exposta isoladamente, sem mistura com o que de outras fontes provém, pois é mau governo despender proventos levianamente, sem que posteriormente se possa distinguir, quando eles acabam, a