Saúde
A morte representa a última etapa do processo de viver humano. É uma realidade da qual não podemos fugir. Tendo em consideração as atividades que os enfermeiros realizam com o doente terminal, este trabalho tem como objetivo refletir sobre o cuidado de enfermagem e a importância dos cuidados paliativos. Tendo como ponto de partida as definições de cuidado e cuidados paliativos, pretendemos destacar o papel dos enfermeiros no cuidado ao doente terminal e sua família, quando já não é possível curar, mas apenas cuidar. Embora seja necessária uma constante atualização de conhecimentos, o cuidar em cuidados paliativos é uma arte, onde as relações humanas assumem um papel de destaque e permitem a preservação da qualidade de vida da pessoa mesmo numa situação complexa, proporcionam uma morte tranqüila e promovem um processo de luto saudável.
O CONCEITO DE CUIDADOS PALIATIVOS
É importante notar que os cuidados paliativos não devem ser vistos como essencialmente diferentes de outras formas ou áreas de cuidados de saúde. Isto tornaria difícil, senão impossível, a sua integração no curso regular dos cuidados de saúde. Muitos aspectos cruciais dos Cuidados Paliativos se aplicam perfeitamente à medicina curativa, bem como, de outro lado, o desenvolvimento dos Cuidados Paliativos pode influenciar positivamente outras formas de cuidados de saúde, ao valorizar aspectos que ficaram em segundo plano a partir do domínio da medicina chamada científico-tecnológico, tais como dimensões humanas, e ético-espirituais da pessoa humana.
O conceito de Cuidados Paliativos evoluiu ao longo do tempo à medida que esta filosofia de cuidado foi se desenvolvendo em muitas regiões do mundo. Os Cuidados Paliativos foram definidos tendo como referência não um órgão, idade, tipo de doença ou patologia, mas antes uma avaliação de um provável diagnóstico e em relação às necessidades especiais da pessoa doente e sua família. Tradicionalmente, os Cuidados Paliativos eram vistos como