Saude
Luis Salvador de Miranda Sá Junior
Jornal do Conselho Federal de Medicina (CFM) jul/ago/set de 2004, pg 15-16
Em: http://www.portalmedico.org.br/index.asp?opcao=bibliotecaJornalJulAgoSet2004#
(acesso 27/06/2005)
A OrganizaçãoMundial da Saúde(OMS),organismosanitário internacionalintegranteda Organizaçãodas NaçõesUnidas, fundado em 1948, define saúde como“estado de completo bemestar físico, mental e social, e não somentea ausência de enfermidadeou invalidez”. A referência à ausência de enfermidadeou invalidez é componente essencial deste conceito de saúde e dele não deve ser separadosob penade reduzi-lo à total utopia. Principalmentedo pontode vista médico.
A definição consta no preâmbulo da Constitui-ção da Assembléia Mundial da Saúde, adotada pela Conferência Sanitária
Internacional realizada em Nova York (19/22 de junho de 1946) e assinada em 22 de julho de 1946 pelos representantes de 61
Estados, com vigor a partir de abril de 1948, não emendada desde então. (O que se pode encontrar no sítio http://www.who.int/home- age/index.es.shtml . p )
Da Antiguidadeao século XXI, superada a concepçãosobrenatural de saúde e enfermidade, concebia- saúde como a ausência se de enfermidade (doença, deficiência, invalidez). Estado que se re-velava equilíbrio do organismo, com referência aos seus meios interno e externo. Gozar saúde significava não padecer enfermidade, estar em harmonia consigo mesmo e com o meio. Tãosomente.
Já ia avançado o século XX quando a concepção de saúde foi mudada para bemestar, além de ausência de enfermidade. É inegável que tal mudança constituiu um avanço. No plano formal, porque é uma proposição positiva; no plano essencial, porque superouas dicotomiasentre corpo e mente, natural e social, saúde e enfermidade, promoçãoe profila-xia, profilaxia e terapêutica, terapêutica e reabilita-ção; mas também porque possibilitou a emergência de políticas sanitárias mais úteis e eficazes. Além de
situar