Estudo Do Comportamento Desviante 2
COMPORTAMENTO
DESVIANTE”
VELHO, Gilberto (org.). Desvio e divergência – uma crítica da patologia social. RJ: Zahar, 1985.
Duas abordagens tradicionais sobre o desvio
• PATOLOGIA
indivíduo
• PATOLOGIA
INDIVIDUAL (teorias individualistas) – mal está no
SOCIAL (teorias funcionalistas) – sociedade desestruturada não garante meios necessários para que indivíduos alcancem os objetivos sociais
Pressupostos das 2 visões tradicionais • Idealização
da estrutura social
como tendente à harmonia e ao equilíbrio (visão estática da sociedade) • Oposição
entre sociedade e
indivíduo: comportamento desviante é individualizante
“Durkheim enfatizou a exterioridade do fato social. (...)Assim, a formas de agir, pensar e sentir apresentam esta extraordinária propriedade – existir fora das consciências individuais. (...) Desta forma existe uma descontinuidade entre a consciência individual e o fato social que pode até traduzir-se em termos de oposição.” (Parte VI)
Crítica de G. Velho a esses pressupostos • “O
que de fato acontece é que a partir de uma preocupação
lúcida em não confundir, fenômenos logicamente distinguíveis, passou-se a fracionar a realidade de forma arbitrária. Não há dúvida de que a distinção dos níveis biológico, psicológico, social e/ou cultural permite a construção de um conhecimento analítico sistematizado, mas parece crucial não ignorar que uma ‘ação social’ tem estes três níveis subjacentes.” (Parte VI)
Crítica de G. Velho a esses pressupostos • Para
o autor, a dificuldade das duas visões tradicionais sobre o
comportamento desviante “(...) consiste numa visão estanque e fracionada do comportamento humano que transforma a realidade individual em algo, em princípio, independente da sociedade e da cultura. (...) Ou se cria uma individualidade ‘pura’, uma ‘essência’ defrontando-se com o meio ambiente exterior, de outra qualidade, ou então um fato social ‘puro’, também todo-poderoso, que paira sobre as pessoas.” (Parte VIII)
Somos