Edilson texto 4
Anteriormente, as questões ambientais tradicionalmente relacionadas à saúde, foram durante muitos anos, uma preocupação quase que exclusiva de instituições voltadas ao saneamento básico (água, esgoto, lixo, etc.) no Brasil, estando presentes nas propostas governamentais e vinculadas a diversos espaços dentro do aparelho de estado, notadamente em alguns ministérios como o da Saúde e do Interior, Secretarias Estaduais e Municipais, além de algumas Universidades.
Com o agravamento dos problemas ambientais causados pelo crescimento industrial na década de 70, novas instituições surgiram, como a Companhia Estadual de Tecnologia em Saneamento Ambiental (CETESB) e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA). Essas instituições contribuíram para o desenvolvimento de ações de controle da poluição, mas sem um vínculo direto com o sistema de saúde.
Com o crescimento da área de Saúde do Trabalhador, a partir do final da década de 70 e durante toda a década de 80, ficou explícito o elo existente entre estas questões e o sistema de saúde, abrindo o caminho para a incorporação de uma Saúde Ambiental moderna no setor (Câmara & Galvão, 1995). O período que antecedeu a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) em 1992, no Rio de Janeiro, também contribuiu para um aumento das preocupações com os problemas de saúde relacionados com o ambiente.
Este período pode ser caracterizado pelo crescimento dos movimentos