Estudo de casos clínicos cirrose e trombose
Sim. Porque este indivíduo apresenta cirrose hepática. Esta, por sua vez, é um distúrbio hepático crônico que se caracteriza pela substituição do tecido hepático normal por fibrose difusa ( tecido conjuntivo fibroso). Apresenta suas características resultando da falha do fígado em sintetizar proteínas ( como a albumina, a qual é responsável pela pressão oncótica (ou coloidosmótica) ; fatores de coagulação e outras substancias; e de manifestações da hipertensão porta. A cirrose afeta um número duas vezes maior de homens em relação a mulheres, muitos pacientes estão entre 40-60 anos de idade.
Edema- sintoma tardio que é atribuído a insuficiência hepática crônica, devido a concentração plasmática reduzida de albumina. Esta tem por função manter a pressão coloidosmótica intravascular (que ajuda a manter o líquido no compartimento intravascular) e transportar metabólitos, drogas e outros constituintes do plasma. A diminuição rápida da albumina sérica determina queda acentuada da pressão coloidosmótica do plasma, provocando um aumento de reabsorção de sódio e água, causando edema, ou seja, quando em baixos níveis (hipoalbuminemia) , não consegue mais reter a água dentro dos vasos sanguíneos, resultando na passagem desta para o interstício; daí se predispõe o edema, que é generalizado, mas afeta frequentemente os membros inferiores, superiores a área pré-sacral.
Ascite - nome dado ao acúmulo de líquidos dentro da cavidade peritoneal, conhecida popularmente como barriga d'água. A ascite é um sintoma típico da cirrose hepática e ocorre frequentemente quando o paciente apresenta hipertensão portal. A veia porta, ou sistema porta hepático, é uma grande veia localizada na entrada no fígado, responsável por drenar o sangue vindo do sistema gastrointestinal. Nos casos de doença hepática grave, principalmente na cirrose, o fígado sofre um processo de fibrose (cicatrização e enrijecimento do tecido hepático) que pode causar obstrução da veia porta,