Estudante Graduação

A representação do imaginário construído em torno de beleza feminina partindo do discurso midiático: análise das revistas Cruzeiro e Claudia dos anos 1960 e Marie Clarie dos anos 2014.

O imaginário construído pela mídia em torno do ideal de beleza contemporâneo: as relações de gênero partindo da premissa entre o eu o e outro embutido no site da revista Marie Clarie – Edição Julho/2014

Partindo das análises das matérias do site da revista Marie Clarie (Edição Julho/14) sobre beleza e comportamento percebemos a construção do discurso midiático construído em prol da hierarquização entre gêneros, visando a legitimação das relações de poder no imaginário acerca do que é o feminino. A representação do conceito de feminino presente nas matérias analisadas demonstram a estigmatização gerada em torno do que é ser mulher, além de apresentarem padrões estipulados pela sociedade. A revista Marie Clarie, direcionada especificamente ao público feminino, apresenta o modelo do que é ser mulher na sociedade contemporânea, demonstrando elementos categóricos acerca do ideal pretendido. Ser mulher, segundo análises de matérias, é ser branca, primordialmente, magra, consciente de seu corpo enquanto ferramenta de desejo entre os homens, sabendo usá-lo enquanto elemento de valorização da própria mulher. Além dos aspectos relacionados a aparência física apresentam categorizações voltadas para o comportamento das mulheres perante a sociedade, o que é esperado pelo outro e o que é pretendido pelo eu.
É imprescindível tratar sobre a definição de eu partindo das análises, pois de acordo com as situações demonstradas e a reação da sociedade perante a discussão percebemos o papel direcionado às mulheres de acordo com a estruturação dos padrões de beleza consolidados midiaticamente, inserindo-se ao imaginário daqueles que fazem uso de ferramentas de comunicação. A condição de eu é naturalizada pelo processo de interesses relacionados às construções dos imaginários sociais. O eu