Estresse no trabalho e hipertensão arterial
DELIMITAÇÃO DO TEMA:
Investigar a existência de associação entre estresse no trabalho e ocorrência de hipertensão na população de Rorainópolis.
PROBLEMA DA PESQUISA O estresse no trabalho causa hipertensão artéria?
INTRODUÇÃO
O estresse tem sido um tema amplamente estudado nas últimas décadas, sob diferentes abordagens. Com a elucidação dos aspectos fisiopatológicos e a associação do estresse com agravos importantes à saúde das pessoas, os pesquisadores têm se dedicado a estudar as implicações do estresse gerado no ambiente de trabalho e na qualidade de vida dos trabalhadores. Alguns estudos realizados nos últimos anos apontam para a relação entre eventos estressantes e etiologia de problemas físicos e/ou emocionais (ARAÚJO, GRAÇA, ARAÚJO, 2003; DANTAS, MENDES, ARAÚJO, 2004 e JUAREZ GARCIA, 2007). A proposta de Karasek surgiu a partir da verificação de que os diversos estudos sobre estresse no trabalho e as repercussões sobre a saúde mental das pessoas eram baseados apenas nas demandas das tarefas (modelos unidimensionais); outros se detinham sobre demandas versus capacidades do indivíduo e que o controle do trabalhador sobre o trabalho não fazia parte na análise dos processos de produção de estresse (KARASEK, 1990). Nessa perspectiva, o pesquisador Robert Karasek, no final da década de 70, propôs um modelo teórico bi-dimensional que relacionava dois aspectos – demandas psicológicas e controle sobre o trabalho – ao risco de adoecimento, o chamado Modelo Demanda-Controle (Demand-Control Model) ou "Job Strain", como tem sido mais recentemente nominado (ALVES, 2004). Conforme concebidas no modelo, as duas dimensões abarcam aspectos específicos do processo de trabalho. O controle sobre o trabalho engloba aspectos referentes ao uso de habilidades (o grau pelo qual o trabalho envolve aprendizagem de coisas novas, repetitividade, criatividade, tarefas variadas e o desenvolvimento de