Hipertensão arterial
INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial (HA) faz parte do grupo de doenças cardiovasculares que representam o maior percentual de causas de mortalidade por doenças como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio. Em 2001, as doenças do aparelho circulatório representaram 27% dos óbitos no Brasil. A hipertensão arterial constitui um agravo a saúde e sua prevalência na população brasileira adulta varia entre 15% e 20% e aumenta progressivamente com a idade2. Essa entidade clinica multifatorial e caracterizada pela presença de níveis de pressão arterial sistólica (PAS) persistentemente iguais ou acima de 140 mmHg e/ou níveis de pressão arterial diastólica (PAD) persistentemente iguais ou acima de 90 mmHg. Operacionalmente, existem dois critérios reconhecidos para classificar indivíduos normotensos e hipertensos: o da Organização Mundial da Saúde (OMS)3, que estabelece pontos de corte em 95 mmHg para a pressão arterial diastólica e 160 mmHg para a pressão arterial sistólica, e o do Joint National Committee (JNC)4, com pontos de corte em 90mmHg para a PAD e 140 mmHg para a PAS. Em relação a definição de normotensão limítrofe e de hipertensão, o JNC apresentou um critério para definir pressão arterial normal-alta, de 130-139 mmHg para a PAS e 85 a 89 mmHg para a PAD. A hipertensão arterial pode ser primaria/essencial ou secundaria. As causas da hipertensão arterial primaria não são conhecida na maioria dos casos, já a hipertensão arterial secundaria deve ser investigada, uma vez que o diagnostico etiológico significa, em muitos casos, a possibilidade de tratamento específico e cura ou controle por intervenção clinica ou cirurgica5.
Quanto aos fatores de risco conhecidos para a HA, os mais importantes são: obesidade, fumo, ingestão de álcool, historia familiar de hipertensão, fatores psicológicos, certos traços de personalidade e estresse, que podem ser importantes desencadeadores no