Hipertensão arterial
Introdução
A hipertensão arterial pode ser considerada uma doença crônica não transmissível, de origem multifatorial, frequentemente assintomática, em que há comprometimento do equilíbrio em fatores vasodilatadores e vasoconstritores, com consequente aumento dos níveis da pressão sanguínea nas artérias, capaz de provocar danos aos órgãos por elas irrigados.
Desenvolvimento do Tema
A epidemiologia da hipertensão arterial no Brasil apresenta aspectos característicos e coincidentes com outros países com impacto importante no perfil de mortalidade, assim como desigualdade social na distribuição do risco de morte, no acesso do diagnostico de hipertensão arterial e na proporção de indivíduos com pressão arterial elevada. O melhor indicador do impacto da hipertensão arterial na população são as taxas de doença cerebrovascular em relação às demais doenças cardiovasculares.
Os fatores de risco para a hipertensão arterial são: a idade, com uma prevalência em indivíduos com mais de 60 anos. O excesso de peso é um fator de risco para o desenvolvimento da doença, e o acumulo de gordura no abdome, a obesidade central, um marcador de resistência à insulina, esta mais fortemente associado ao aumento da pressão arterial. O sedentarismo também é um fator de risco, pois indivíduos sedentários apresentam um risco 30% maior de desenvolver hipertensão arterial. No Brasil, a questão da raça não parece ser um risco de fator independente para o desenvolvimento da hipertensão arterial. Consumir muito sal e/ou álcool também é um fator que contribui para elevar a pressão arterial.
Mais de 90% dos casos de hipertensão arterial são de origem desconhecida e tendem a se agrupar em famílias. Diversos fatores fisiopatológicos foram identificados na gênese da hipertensão arterial: aumento da atividade do sistema nervoso simpático; aumento da produção de hormônios retentores de sódio e de vasoconstritores; aumento prolongado da ingestão de sódio durante a