Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas do brasil
Pelo fato de existir varias expressões entre os grandes domínios morfoclimáticos e as principais províncias fitogeográficas brasileiras nos levaram a uma série de estudos visando esclarecer as razões cientificas de tias coincidências geográficas. Em 1957, Cailleux e Jean Tricart evidenciaram alguns aspectos básicos da dinâmica paleoclimatica quaternária do Brasil oriental em um trabalho cujo titulo era prenuncio de um novo método e um novo critério da maior importância interdisciplinar. Depois de muita discutição, Jean Tricart em um trabalho de maior fôlego, procurou definir as zonas morfoclimáticas atuais no Brasil atlântico central, comparando que aqui como na África é a vegetação que constitui a melhor expressão sintética dos dados climáticos.
Cada um dos grandes tipos morfoclimáticos ocupa uma área de forma irregular, as vezes mesmo descontinua, de modo que não se deve tomar a expressão de “ zona morfoclimática” no sentido estrito da etimologia.
Alfredo José Pôrto Domingues publicou sem maiores discussões uma classificação das regiões morfoclimaticas brasileiras nos seguintes termos:
1- Floresta higrófila; 2- Zona de transição (agreste, mata de cipó); 3- Caatinga; 4- Campos cerrados e savanas; 5- Campos do Sul.
A nomenclatura desta classificação é exclusivamente fitogeográfica, fato que restringe em muito a sua aplicabilidade na distinção das verdadeiras províncias ou regiões morfoclimaticas brasileiras.
As províncias ou domínios morfoclimaticos do Brasil, a despeito mesmo da aparente homogeneidade paisagística do território nacional, ascendem provavelmente a um numero igual ao pouco superior a seis combinações, regionais, acrescidas de uma infinidade de feições mistas, peculiares as chamadas faixas ou áreas de transição. Conjuntos regionais de paisagens morfoclimaticas, ora de tipo zonal, ora de tipo azonal, não dependem somente da zonação climática atual, mas também dos efeitos acumulados