ESTADOS ÚNIDOS DA AMÉRICA NO SÉCULO XIX
Após terem se libertado da Inglaterra e aprovado uma Constituição que definia os Estados Unidos como uma república federativa presidencialista, os norte-americanos elegeram George Washington como seu primeiro presidente. Ele procurou aumentar o prestígio do governo central, estimulou o crescimento da indústria e da agricultura e incentivou a colonização das terras situadas a oeste dos montes Apalaches, dando início a um gigantesco movimento de expansão territorial rumo ao Pacífico (oeste), que modificou profundamente o mapa e a história dos Estados Unidos.
A marcha para o Oeste
A ocupação do Oeste ganhou um forte impulso a partir do início do século XIX, quando o governo passou a oferecer terras a preços muito baixos e facilidades para os que concordassem em desbravar o interior do continente. Atendendo a esse apelo, uma verdadeira multidão – formada de imigrantes irlandeses, alemães e ingleses e de habitantes do litoral – partiu em carroças ou em pequenos navios pelo Mississipi-Missouri em direção ao Oeste. As terras situadas além dos Apalaches, porém, eram ocupadas por centenas de povos indígenas que reagiram à invasão de seus territórios. Houve, então, uma série de conflitos entre esses povos e os desbravadores que, só no período entre 1800 e 1860, resultou no extermínio de cerca de 700 mil índios. Outros milhares, ainda, acabaram confinados em inúmeras reservas criadas pelo governo. Foi dessa forma que as terras dos nativos acabaram passando às mãos dos colonizadores. Além de valer-se da desapropriação de terras indígenas, a expansão territorial norte-americano fez-se também por meio da compra de territórios de acordos diplomáticos e da guerra contra o México. Em 1803, o governo dos Estados Unidos comprou a Louisiana da França por 5 milhões de dólares e, em 1819, para obter a Flórida, pagou à Espanha 15 milhões. Por via diplomática, conseguiu da Inglaterra o Maine e o Oregon. A guerra contra o México explodiu em